Maria
Prosa e Poesia
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Retumbos

Também guardo ápices vertiginosos em minha alma.

Todos sabem que minhas xícaras são sempre canyons profundos.

Neles margeia um rio de pedras e águas cristalinas.

Em seu espelho me deito para saciar minha sede de estrelas

enquanto eclodem oásis em meus desertos interiores.

É como a flor luta com suas pétalas de areias e ventos -

forjando fugas lapidadas em mortes prenunciadas.

Também almejo que seja o sono a me fechar os olhos

e o findar dos retumbos da máquina de minha existência.

Maria
Enviado por Maria em 13/12/2024
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