Ah! como doem essas noites de silêncios clandestinos.
Quando o tédio dança sozinho na alma mergulhada em saudades.
Imagino os risos, as conversas e o peso da distância - e da ausência -
atravessa as cortinas empoeiradas da alma...
Nada é Tudo, mas o verbo se inverteu. Agora Tudo é Nada,
pois outros sorrisos são presentes, outras vozes tagarelam,
outros braços envolveram o coração tostado de alegrias.
Fecho a porta de meu alpendre interior e me calo...
enquanto o vento balança as cortinas inertes e tristes
de nossa janela do tempo profundo...