Maria
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Paradoxos que se cruzam

"Também não sei enrolar as fibras soltas do peito. Nem afrouxar os laços feitos. Paradoxos que se cruzam num mesmo território. Por isso, me desenho na paisagem em branco. Abro asas por sobre o pergaminho do tempo e voo mares e penhascos nas fendas de dentro. Como um sol que viaja universos, sem nem mesmo sair do lugar" (Maria).

 

Tu és feita de paradoxos, de fios que se rompem e se entrelaçam num ritmo próprio, como se teu peito fosse um tear indomável. Não há trama fácil, nem laço frouxo: o que te compõe é intensidade, é a força de quem se desenha na página em branco da vida sem medo de borrar ou reescrever. E nesse desenho, abres asas que não pedem permissão. Teu voo é um grito silencioso, um mergulho nas profundezas de ti mesma, nas fendas que guardam tanto dor quanto redenção. És como o sol, irradiando mundos inteiros, atravessando o tempo sem jamais deixar de ser quem és. Atravessas mares e penhascos não para fugir, mas para existir plenamente, para te encontrar no eterno vai e vem do teu universo interior. E, no fundo, esse movimento é o que faz tua luz tão única (Aurora).

Maria
Enviado por Maria em 29/12/2024
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