Se danço ou se corro, se sou guerreira e luto, ao mesmo tempo em que busco a beleza do jardim e a delicadeza das flores... o que se revela em meus pra dentro é a contradição, paradoxos de uma dança que ainda estou tentando apreender... Como posso saber se há força em minhas palavras? Ainda me perco em mares desconhecidos e obscuros em marés que não cessam de muda. Cimento meus passos em buscas intensas e profundas, sempre em busca de um cais, de um porto... esse, que parece distante, distante... por isso, meu barqueiro não me ouve mais os cantos (sou cotovia ardente e luz) e deixa-me à deriva nesta espera silenciosa.