Maria
Prosa e Poesia
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Me visto de poesia

Sim, me visto de poesia, com a leveza de um colibri que, em sua dança pelo ar, não se deixa enredar pelos pesos das perdas ou pelos enganos dos achados. Não é a dor ou a saudade que definem meu ser, mas o florescer do que é permanente dentro de mim: o sonho que renasce a cada batida de asas. Como flechas douradas, a vida me armou de esperança e resiliência, e seus reflexos brilham nos alpendres onde o sol suave acaricia os meus dias. Não sou uma alma que se curva à amargura das ausências, mas sim uma guerreira que transforma as saudades em combustível para novos horizontes. Os pés plantados em flores, as asas voltadas para a palavra de vida, é o que me guia. Sempre. E cada gesto, cada palavra, carrega a possibilidade de um renascimento contínuo, uma trajetória de luz que não se ofusca, não importa os ventos. É assim que sou. Que acredito. Que vivo. Sou colibri amadeirado de sonhos e minha alma se alimenta da doçura de meus próprios voos, minhas próprias jornadas, navegando pelos caminhos da vida com um coração que entende que os alpendres, o sol ameno e as palavras são partes do mesmo ciclo de renovação.

Maria
Enviado por Maria em 29/12/2024
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