Maria
Prosa e Poesia
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Pouco Tempo

Não há encontros para celebrar,

nem finais felizes para contar.

O ano se despede sem glória,

carregando na sombra minha história.

 

A solidão permanece, fiel companheira,

nos votos vazios de um “termina bem”.

Uma lágrima insiste, beirando os cílios,

um soluço ecoa, no peito só, refém.

 

Mais um ano,

mais um a menos para viver...

O tempo escorre, impiedoso,

como areia entre os dedos frágeis.

 

Há tão pouco tempo...

tão pouco tempo...

e nele, um silêncio que não finda,

um espaço que ninguém ocupa,

uma espera sem promessa.

 

E ainda assim,

nessa vastidão de vazio,

há uma centelha, ainda tímida,

que sussurra baixinho:

o tempo que resta,

ainda pode ser meu.

Maria
Enviado por Maria em 31/12/2024
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