E foi bem sozinha que iniciei o novo ano,
completamente só,
lágrimas desenhando caminhos
que só o silêncio pode entender.
Olhando para fora,
para a janela do tempo profundo,
encontrei o vazio que me acompanha,
o eco de uma solidão
que já não é estranha,
mas parte de mim.
Foi assim que iniciei o novo ano,
como tenho vivido até aqui:
completamente só.
Mas, mesmo na solitude,
há uma promessa escondida,
uma chama que vacila,
mas não se apaga.
Talvez, no silêncio,
haja um murmúrio de esperança,
um pequeno convite para recomeçar,
mesmo que seja
com lágrimas ainda caindo.