Maria
Prosa e Poesia
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Sou o Amanhã

E os minutos, lentos,

se transformam em eternidade,

um peso que dobra o peito,

um silêncio que grita:

"Como dói".

 

Dói ser sempre o depois,

o intervalo que nunca é escolha,

a margem da estrada

que ele não para para olhar.

 

Quando haverá um lugar para mim?

Nos segundos mais importantes,

na vida que ele vive agora,

e não no amanhã incerto,

que talvez jamais chegará.

 

Eu sei que não sou a hora,

não sou o tempo certo.

Sou o Amanhã,

a promessa vaga,

o sonho que se desfaz

antes de se concretizar.

 

E ainda assim, espero.

Mesmo que o coração saiba,

que talvez,

eu nunca seja o Agora.

Maria
Enviado por Maria em 01/01/2025
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