Há uma dor surda dentro do peito,
um nó que se aperta e se retorce,
rasgando as fibras,
como se o próprio ser fosse dilacerado.
Fecho os olhos,
tentando secar as lágrimas
que escorrem em silêncio,
como se o mundo lá fora
não soubesse da tempestade
que acontece aqui dentro.
Lá fora chove,
mas aqui, dentro de mim,
caem tempestades maiores,
que não se podem ver,
mas se sentem,
se vivem,
se tornam eternas.
E, no meio disso tudo,
surge um silêncio,
profundo e dolorido,
um silêncio que é mais do que ausência,
é a presença da dor,
da solidão,
do vazio que se apodera de mim.
Silêncio...
silêncio...
silêncio...