Maria
Prosa e Poesia
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Aurora de Esperança

O ontem só encontra sentido

quando o dignificamos no hoje,

quando a dor e o sofrimento,

em vez de apagados no esquecimento,

são compreendidos, valorizados,

erguidos pela esperança.

 

Não se apaga o que marcou a alma,

nem se apressa o esquecimento

das cicatrizes que falam baixinho

das batalhas travadas.

Há que se ouvir o passado

com a ternura de quem aprende,

com o respeito de quem espera.

 

Victor Hugo sussurra verdades

nos corredores do tempo:

dignificar a dor é dar-lhe um nome,

um espaço entre as memórias,

é vestir o ontem de esperança

e deixá-lo caminhar pelo hoje.

 

Não se trata de esquecer,

mas de transformar -

não se trata de fugir,

mas de acolher.

 

Que o ontem, iluminado pelo agora,

seja solo fértil para o amanhã.

Que a dor compreendida floresça,

não como peso, mas como vida.

E que o passado, enfim,

se torne um poema de esperança,

escrito com as mãos do presente.

 

(Lendo Os miseráveis de Victor Hugo: “Não procurava apagar a dor pelo esquecimento, mas engrandecê-la e dignificá-la pela esperança!”)

 

 

 

 

 

Maria
Enviado por Maria em 05/01/2025
Alterado em 05/01/2025
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