Maria
Prosa e Poesia
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Ecos de tudo que somos

Somos feitos de ecos,

de tudo que amamos e perdemos,

das memórias que nos moldaram,

das dores que nos tornaram inteiros

mesmo quando nos sentíamos partidos.

 

Cada lágrima caída é um verso,

uma lembrança do que importou.

Cada saudade é um abraço distante,

uma presença que jamais se apagará.

 

Não se apaga o que foi real,

não se apaga quem nos construiu.

O passado mora em nós,

não como prisão,

mas como alicerce,

como um jardim onde até as ervas daninhas

carregam histórias de amor e luta.

 

E mesmo assim, o presente nos chama.

Ele grita em meio às memórias,

pede que respiremos o agora,

que toquemos a vida com as mãos abertas,

carregando o ontem no bolso,

mas caminhando descalços pelo hoje.

 

Não há como esquecer,

e talvez nem devêssemos tentar.

Porque cada dor, cada alegria,

são raízes profundas no solo de quem somos.

E, ainda assim,

há sempre um novo sol nascendo,

sempre um novo amanhã à espera.

 

Assim seguimos,

vestidos de nós mesmos,

ressignificando as sombras,

encontrando esperança no simples ato de viver,

de amar, de recordar,

e, acima de tudo, de acreditar

que ainda há histórias a serem escritas

com a tinta do que nos tornamos.

Maria
Enviado por Maria em 05/01/2025
Alterado em 05/01/2025
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