Talvez seja esta a chama viva da essência da existência humana, o tecido de nossa alma: honrar o que nos construiu, o que moldou nossas arestas e preencheu nossos vazios. Com certeza não seríamos quem somos se não tivéssemos vivido o que vivemos. Cada perda, cada lágrima, é um lembrete do que foi valioso, do que importou tanto a ponto de deixar um rastro, um eco que ressoa dentro de nós. Por isso, não sofra porque o passado ainda está lá. Acolha-o. Ressignifique cada momento vivido sem deixar de viver o hoje. Porque o presente é onde podemos transformar essas memórias em força, em aprendizado, em combustível para seguir em frente. É onde podemos permitir que a saudade seja uma poesia silenciosa e que a dor seja um ponto de partida, não um fim. Se ainda há lágrimas, seque-as com o bálsamo do amor. Ressignificar a dor nos faz lembrar que, mesmo nos momentos mais sombrios, existe a possibilidade de um novo capítulo, uma nova história a ser escrita com tudo o que carregamos - não para apagar o que foi, mas para seguir em frente com o que somos.