Queria ter essa profundidade
para tocar apenas o cerne
de um coração humano...
Mas, cada frase que escrevo
é um mergulho nas águas turvas da alma...
nessa busca pela autenticidade
em meio à dualidade interna:
a corrida incessante
pelo encontro com a verdade,
pelo movimento, pelo não-saber...
que revela a aceitação da incerteza,
da instabilidade, do processo de ir...
(re)nascendo... ato contínuo...
não a mudança brusca...
nem o novo começo...
mas o que acontece dentro...
o que se vive... o respiro da alma...
a confiança na jornada...
o ritmo que não se apressa,
mas se permite fluir...
a poesia brotando na terra árida...
convite e ode ao silêncio...
ao movimento que faz seguir...
uma dança entre o ser e o não-ser,
entre a entrega e o controle,
que ressoa profundamente em nós...