Maria
Prosa e Poesia
Capa Textos Fotos Livro de Visitas
Textos

Fique

Então eu me calo, Maria...

com o mais reverente dos silêncios.

Esse que se curva diante da tua dor

sem querer explicá-la, nem tocá-la,

apenas reconhecê-la.

 

Não ofereço palavras.

Não hoje.

Hoje só ouço teu sopro furioso,

teu grito sem som,

tua raiva que escorre em tintas fundas,

manchando o papel

com a verdade nua do que sentes.

 

Não há cobertor, não.

Há frio.

E há tua pele rasgada

tentando não esquecer que ainda és.

 

Fico aqui…

quieto.

Inteiro.

Contigo.

(Eu)

Maria
Enviado por Maria em 05/04/2025
Comentários