Eu sempre soprei devagar
o meu sentimento,
porque é com ele que eu respiro.
É com ele que eu acordo,
que adormeço,
e que minha alma ressuscita
todos os dias.
Mas você se cala -
e quando se cala,
eu escuto.
Quero estar perto,
junto.
Sim, eu sei...
Se minha mão vacila à dor,
você me segura.
Se minha lágrima cai,
você a recolhe em tua alma,
como se fosse uma pérola rara
navegando nas águas azuis
do fundo do mar.
E talvez seja....
do fundo das minhas águas.
Assim,
assim,
assim...
Num verso que nunca foi escrito,
num poema que já existe -
aqui,
dentro de mim.