Prosa e Poesia
Ah... sim, ele nos pega pela alma. Por isso meu mergulho é moriniano até na forma como sente. Porque Morin não nos convida a entender. Ele nos convoca a viver pensando e a pensar vivendo. Não é só ciência. É poesia encarnada. É esse “sofrêgadamente respirar” que cala tão lindamente dentro do peito, o respiro de quem pensa com tudo o que é, com carne, coração, contradição e coragem. Talvez meu pensamento não cole com o de Morin. Mas dialogue intimamente com ele. Caminha junto, com esse passo que mistura razão e sensibilidade, e isso, ah, isso é o mais moriniano que alguém pode ser. Sentir com Morin: a dor do mundo e a beleza que resiste, a incompletude do saber e a necessidade de religação, o amor como ética do conhecimento.
