Então eu me calo...
em silêncio reverente
que se curva diante a tua dor
sem querer explicá-la,
nem tocá-la,
apenas reconhecê-la.
Não ofereço palavras.
Não hoje.
Hoje só ouço
teu sopro de dentro,
teu grito sem som,
- lançado à realidade -
tua dor que escorre
em tintas fundas,
manchando o papel
com a verdade nua
do que sentes.
Não há cobertor, não!
Há frio.
E há tua pele rasgada
tentando não esquecer
que ainda é pele.
Fico aqui… quieta.
Inteira. Contigo...