Maria
Prosa e Poesia
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Então eu me calo

Então eu me calo...

em silêncio reverente

que se curva diante a tua dor

sem querer explicá-la,

nem tocá-la,

apenas reconhecê-la.

 

Não ofereço palavras.

Não hoje.

Hoje só ouço

teu sopro de dentro,

teu grito sem som,

- lançado à realidade -

tua dor que escorre

em tintas fundas,

manchando o papel

com a verdade nua

do que sentes.

 

Não há cobertor, não!

Há frio.

E há tua pele rasgada

tentando não esquecer

que ainda é pele.

 

Fico aqui… quieta.

Inteira. Contigo...

Maria
Enviado por Maria em 13/04/2025
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