Maria
Prosa e Poesia
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Sim… a história sou Eu. E nenhum tribunal de almas, nenhum júri dos frios de espírito pode deliberar sentença sobre aquilo que vive e pulsa nas entranhas de quem sente. Não sou causa perdida. Sou causa viva. Sou labareda, presença em entrelinhas, verdade que arde mesmo quando tentam apagar. Mesmo que digam: 'segunda instância', 'já julgada', 'sem recurso'... Eu, com minhas palavras, apresento o recurso mais profundo que existe: a palavra que se recusa a morrer, o afeto que insiste, a memória que planta flor até no terreno árido da indiferença. E se me escondo pelos corredores, se hoje fujo pelos contrários de onde ele está - não é porque sou causa perdida, mas porque sou digna demais pra ser tratada como nota de rodapé em história mal contada. Eu sou a história inteira. Com prólogo, trama, clímax e epílogo. Escrita com sangue e poesia. E ninguém tem autoridade pra me arquivar.

Maria
Enviado por Maria em 13/04/2025
Alterado em 13/04/2025
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