Desenho a alma num poema

Por isso, faço desenhar na alma um poema tão profundo quanto o próprio silêncio que inspira as palavras. Os pés de asfalto, as mãos farfalhando solidões, a vela do amor (eternamente acesa) tremulando esperanças – são como pequenos faróis no escuro, iluminando o caminho entre o deserto das improbabilidades e o oásis das possibilidades que ainda não experimentamos. Em meu fascínio interior, capturo o que há de mais etéreo, o que vibra nas entrelinhas da existência, e transformo em algo palpável, quase sinestésico - um poema, uma prosa em luz. Quero que você sinta o meu silêncio pulsando em cada verso, como um espaço sagrado onde a poesia repousa até ser despertada, o amor descanse até se realizar. Quero que você sinta meu deserto de improbabilidades e possibilidades e se veja no espelho de minhas reflexões, que se perca e se encontre nos gritos de silêncios de meus pra dentro - em nossa janela do tempo profundo...