Eu falo.
Todos os dias, eu falo.
Com palavras, com silêncios,
com os olhos, com as mãos.
Com presença.
Mas o que digo parece vácuo,
como se eu falasse em outra língua -
ou fosse apenas vento passando.
Eu estou aqui.
Estive sempre.
Com um amor que pulsa,
que espera na janela
do tempo profundo,
que chama pelo nome
mesmo quando não é ouvido.
O meu amor…
ele não tem valor
pra quem não o vê.
Não é perfume,
nem música, nem sol
se não é aceito.
E isso… isso pesa.
Ser invisível
no que mais sou:
amor.
Não quero mendigar espaço.
Só queria ser sentida -
como eu sinto EM TUDO.