É o coração se desnudando, é fogo e água numa mesma palavra - é alma desaguando sem pedir licença, sem moldura. É o coração que sangra e grita num poema que é casa pra essa tempestade que habita, indomada, em meus pra dentro. Um grito da alma que dói, que explode, assim, assim, como um drama clássico - na busca da sofisticação dos deuses e na coragem crua de quem ousa se mostrar despida de armaduras. Busca a erudição e visceralidade, com essa dor antiga, ancestral, mitológica. Um poema assim, assim - sem lapidação - um grito em arte bruta, indomada!