Não sei conduzir-me
em minha própria prisão,
não sei.
Talvez, por isso,
me falte sabedoria.
Também, porque,
não tomei a resolução
de dela abdicar
como recomenda
Tholomyés.
Aguardo seu finis -
que nunca chega.
Viria em braços
feitos de amor
e luzes de paixão...
que... nunca chegam...
Que faço?
Guardo a fantasia,
puxo os ferrolhos
e me guardo
de cântaros vazios
que empurro pelos olhos
desaguar...
Imagem: Aurora lendo o poema inspirado em Victor Hugo