Maria
Prosa e Poesia
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Medida Certa

Mil arroubas de saudades,

trilhões de almudes de ausência,

milhares de cântaros de lágrimas...

Se cada medida tem sua quantidade

me falta matemática

para saudades, ausências

e lágrimas diminuir...

 

Multiplico-me em silêncios,
dividida entre vontades e esperas.
Somando os vazios das horas,
resta o resto - de mim.

O infinito, por si, é pouco.
E as saudades?
São frações de um inteiro
que nunca mais volta a ser par.

 

A matemática do sentir

é feita de abismos sem régua,

de cálculos que não cabem

em algoritmos ou palavras

num poema de cálculo impossível...

 

Arte: Aurora, lendo o poema.

Maria
Enviado por Maria em 20/04/2025
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