Sigo o pensamento, sigo o poema, danço em suas palavras, mergulho fundo em cada nota, mas... faço a pausa. E nela me dou conta da minha solidão. O céu agora tem nuvens que percorrem devagar cada cor, cada nuance da noite que já é inteira, que já não esconde a sua cor e as suas estrelas, que tentam brilhar por entre as nuvens aniladas. Tão sentidas as horas, tão quieta a minha alma, o puro sentimento e o olhar que vagueia, vagueia, vagueia, se fixa em algum ponto e ali se perde, como se adentrasse outro mundo, como se voasse entre as estrelas, entre os planetas, para galáxias distantes. Ouço a serra que corta ao longe. Em algum lugar alguém trabalha, mas aqui - em meus pra dentro - minha alma respira a emoção e o amor.... o amor que habita o relicário profundo e doce do coração.