O suspiro fala desse ritmo
dilatado, pesado.
Fala das reticências,
do choro contido,
da saudade que não grita,
mas ecoa
no silêncio da noite e arde
em meus braços vazios,
chora em meus pra dentro.
Sim, a saudade é um lamento
que ecoa devagar, fundo, dorido.
Marca profundamente o momento.
Ânsia e desejo se alinham a esse pensar,
a esse sentir, a esse viver.
As palavras são insuficientes.
Elas não conseguem dar o sentido completo,
não trazem a perfeição do sentido.
Sim, explicitam a carne crua da alma,
a alma nua de palavras.
Falam como um gemido silencioso,
um sussurro forte e profundo,
que ecoa e ressoa
o amor e a paixão
que habitam meu peito.