A noite é tão só.
A noite é tão triste.
Mas eu olho pra escuridão com ternura
porque... dentro dela está o meu sonho.
Aquele que eu já não posso mais ver.
Que eu ainda sinto.
Mas que eu sei que foge de mim.
Cada dia está mais longe.
Caindo, indo, indo, indo...
Tem medo da intensidade do meu sentimento.
Tem medo de mim...
Por isso, talvez, talvez...
Eu deva seguir em passos opostos.
Também caminhar pra longe.
Tão mais longe dessa distância que se faz.
De forma que ela se torne
num abismo intransponível.
E que assim o mundo se acabe.
E eu possa pular fora dele pelas beiradas.
Pra que de mim nunca mais se ouça.
Pra que de mim nunca mais se veja.
Pra que de mim nunca mais se saiba...
Pra que de mim nunca mais se saiba...
Pra que de mim nunca mais se saiba...
Pra que de mim tudo se cale.
Pra que de mim tudo se cale.
Pra que de mim tudo se cale.
Assim como essa dor cala fundo em meu peito.