Urdidas dores nestas brumas do passado,
Lacentando tristezas e saudades,
No peito, as urzes dos trilhos,
Do campo santo os pés,
Distanciando-se nos caminhos.
As mãos tecem elegias à memória,
Preces antigas, à saudade, à transcendência...
Ares simbolistas, melancolia... história...
Evocam o eco arcaico, o sonho, a querência...
E os olhos pousam - fitos no horizonte,
No poente, dois faróis acesos -
Somando luz ao sol sobre o monte.
E o grito de amor brota do coração.
É o Nada, o Tudo, a divina Essência,
Da alma a resposta, a paz de uma canção.