Quantas e quantas vezes
já chorei baixinho,
sem soluços,
sem chacoalhar do corpo...
Só,
chorei baixinho
pra ninguém ouvir,
para ninguém sentir...
simplesmente chorei...
Nada mais sei
desse tempo
de vivo à mortal
que tantos milênios
já silenciou...
de nada mais sei...
Entreguei
dádivas de amor
em palavras
que nunca se calam...
Tantas dádivas
de aragens de amor
que nunca foram aceitas,
nem devolvidas...
O coração numa bandeja
com o brando sopro e minha vida...
Quantas e quantas vezes
já chorei baixinho,
sem soluços,
sem chacoalhar do corpo...
Só,
chorei baixinho
pra ninguém ouvir,
para ninguém sentir...
simplesmente chorei...