Não sei se é ouro poético,
sei que vibra, pulsa,
respira raro em mim...
tem cheiro de madrugada,
gosto de vento na cara,
de bússola sem norte
e folha em branco
esperando milagre
sobre o tampo da mesa...
Nada lapidado, nada!
Tudo assim: bruto,
vivo... indomável...
O coração quer ouvir...
um verso livre, uma prosa,
um sussurro...
digo, digo sim...
o coração quer ouvir...
para a vida não desabar,
as tranças não entravarem
e o sopro da alma
que mantém viva
a chama da vida
não ser levado embora...
Não sei se é ouro poético,
sei que vibra, pulsa,
respira raro em mim...
tem cheiro de madrugada,
gosto de vento na cara,
de bússola sem norte
e folha em branco
esperando milagre
sobre o tampo da mesa...