Não é o poema não, não é ele.
Não é o poema que carrega essa beleza triste,
que pulsa vida, dor, amor, silêncio, entrega...
é o coração que se dilacera em palavras,
que se quebra em frangalhos de versos,
se arrebenta cachoeira abaixo
nas entrelinhas destrambelhadas e sem sentido.
É o coração que sangra distâncias tão perto,
os olhos que não veem,
que prescrutam a janela do tempo profundo
sem poder ver a face amada,
que não conseguem mais expressar o que sentem...
não conseguem... não conseguem... não conseguem...
tão forte é o sentimento,
tão funda a dor dessa solidão a dois...
Não é o poema não, não é ele.
Não é o poema que carrega essa beleza triste,
que pulsa vida, dor, amor, silêncio, entrega...
é o coração que se dilacera em palavras,
que se quebra em frangalhos de versos,
se arrebenta cachoeira abaixo
nas entrelinhas destrambelhadas e sem sentido.