Não é no poema o rasgo -
é em meus pra dentro.
É ali que reside o tsunami,
o redemoinho
que jorra gotas e cacheiras
despenhadeiros d'alma abaixo...
E é ela que transita
entre o grito e o sussurro,
neste espaço/tempo
entre a lágrima contida
e as águas que rompem
os diques do peito morro abaixo.
Pulsa forte o sentimento -
as linhas o dizem,
mas parte se esconde nas entrelinhas
(o que não se pode dizer facilmente).
É a linguagem da alma....
feita de contrastes...
Desarma a força centrífuga
que me suga ao silêncio
e me mantém escrevendo, escrevendo...
Desabo em palavras...
danço com elas...
- Me abrace!
- Te abraço!
- Me abraças!.