Talvez, talvez,
seja eu a caminhar
pelo mundo
carregado de intrigas
e pouco perdão...
talvez seja eu,
me indo avoada,
como rolam águas,
como dançam folhas,
sem jeito de ir,
de voltar,
de partir...
E se me ilumina
o bradeado de chuva,
a alquimia das almas,
o vento de ordem
que sopra inconstâncias
e goteja no coração
o não-mais-acreditar...
Que me resta
dessa água de sal
que me jogam
sobre o corpo lesmoado
de caminhos tortuosos
e sabor amargo
de juras de eternidade
que ele não quer mais ouvir,
nem acreditar??...