Não sou caminhante
das águas e do vento.
Sou flor presa à montanha,
raízes à flor da pele.
Por isso,
não vá fundo em mim...
porque já sou tanto
que mais um pouco
não cabe neste caldeirão
que nunca se acaba...
Em minhas fragilidades
acendo chumaços de palavras
que me expressem,
que me transfigurem
em palavra viva...
Talvez assim, assim...
me sintas -
aí... do outro lado
dessa janela do tempo profundo...