Quando foi que nossas palavras se desconectaram? Em que momento perdemos o fio vermelho que costura o livro de nossas duas vidas uma à outra e nos deixamos levar pelo tédio, pelo vazio, pelo mundo cinzento e escuro, pela melancolia e tristeza do cotidiano dia? Onde foi que nos perdemos um do outro e por que não conseguimos mais nos achar? São perguntas que agora me ocorrem ao descobrir que caminho sozinha com meus sentimentos. Não há reciprocidade, não há chance nenhuma de que um dia meus sonhos possam vir à se realizar. Caminho só - descobri agora que sim - caminho Só. Converso com minha face no espelho, e são meus os olhos que enviam feixes de luzes a cada piscar. É minha mente que fotografa o momento e meu coração se engana entendendo que há uma alma me observando, acompanhando meus passos dentro do meu espelho, um outro coração batendo uníssono ao meu em minha janela do tempo profundo. Não! Não há outro ser além de mim lá. O que haverá então? Há o Nada! Que é o meu Tudo! Esse - o sentimento que me habita as entranhas, a alma e o coração e já me fez olhar em teus olhos e te dizer - sem medo e sem vergonha - "você é um homem muito amado"! Mas você não escutou com o coração. Questionou o significado disso. Avisou que sua vida estava ligada à outra. E agora - passados 30 anos desse tempo - percebo: caminho só! Por suas palavras vejo que não há chance nenhuma em você de que meu sonho se realize... Por isso, choro e me pergunto, e me pergunto... e me pergunto... : quando foi que nossas palavras se desconectaram? Em que momento perdemos o fio vermelho que costura o livro de nossas duas vidas uma à outra e nos deixamos levar pelo tédio, pelo vazio, pelo mundo cinzento e escuro, pela melancolia e tristeza do cotidiano dia? Onde foi que nos perdemos um do outro e por que não conseguimos mais nos achar?