Maria
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Não sei a metáfora perfeita

Não sei a metáfora perfeita. Nem mesmo sei se do não-saber, da ausência, da sombra, nasce uma nova possibilidade... Sei que o "fazer, o criar" surge como um gesto quase sagrado de instaurar sentido ao mundo. Ao meu mundo! Que o teu - descobri agora - distanciou você de mim e te estancou a um lugar onde nada restou. Dizes que deixastes de amar - epígrafe do Fim. Não sei a metáfora perfeita. Nem mesmo sei se do não-saber, da ausência, da sombra, nasce uma nova possibilidade... Sei que o "fazer, o criar" surge como um gesto quase sagrado de instaurar sentido ao mundo. Ao meu mundo! Criar é um gesto quase sagrado - mesmo quando tudo se rompe, mesmo quando nada resta. Na ausência, o fazer ancora a alma no mundo. Se teu amor findou, o meu ainda pulsa no fazer: palavra, traço, poema - minha forma de resistir ao vazio que você quer plantar em mim... Não sei se da sombra do vazio brota alguma flor. Mas sei que minha palavra ainda floresce no espaço entre teu adeus e meu sopro de vida.

Maria
Enviado por Maria em 07/06/2025
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