A alma exala
esse sopro profundo
de introspecção...
O silêncio me abraça
e transborda
em meus pra dentro.
Como versificar
as águas que rolam
dos olhos de nuvem?
Não sei.
Por isso, vivo essa tensão
entre a vulnerabilidade e a força
para buscar uma esperança
na travessia...
de não saber o caminho,
mas ainda assim seguir...
Sem dúvidas.
Sem medos,
sem ressalvas...
Sou esse imenso percurso
de palavras desenhadas
sem vírgula tonta,
sem copo azul-marinho,
sem dose que a gente toma
com gula...
sem desmonte de desdém.
A alma exala
esse sopro profundo
de introspecção...
O silêncio nasce,
cresce, me abraça
e transborda
em meus pra dentro...