Maria
Prosa e Poesia
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Textos

Silêncio Selvagem

Minha alma

não aceita

ser domesticada.

Selvagem,

deixa-se levar

pelo ritmo natural do sentir.

 

Sem pose excessiva,

sem transpiração forçada.

Autêntica,

desfolha-se

em sua singularidade

de ser.

 

Fala -

e deixa que o eco encontre

quem precisa ouvi-lo, senti-lo.

 

Cada grito nasce na raiz:

do pensamento,

da própria alma.

 

É dentro dela

que a dor é guardada,

nomeada,

transformada

em pedra-polida-memória,

em delicadeza existencial -

para ser suportável.

 

Dá-se voz

ao que

não tem resposta.

Lapida-se

o não manifesto.

 

Mergulha-se

na intimidade

do silêncio selvagem.

Por isso, minha alma

não aceita ser domesticada.

Maria
Enviado por Maria em 08/06/2025
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