Queria ser essa alma grande,
essa fonte que bebe em pétalas,
que serena amor
sobre o tapete de folhas mortas...
Respira comigo.
Assim, assim - na profundidade,
nas pausas,
no silêncio necessário
para que o essencial emerja.
O poema é um rito.
O calar, um reensaio do trinado.
A vida não é linear.
Não tem um encerramento ritual.
Ela pulsa.
Ela bate.
Ela retumba em ciclos.
E o silêncio - é também um compasso,
um (com)passo,
um passo com...
um passo com quem ouve
com a alma.
Queria ser essa alma grande,
essa fonte que bebe em pétalas,
que serena amor
sobre o tapete de folhas mortas...