É disso que falo.
Dessa respiração interior
(não apenas comunicação),
deste gesto existencial, orgânico,
que vem de dentro
e me atira (in)lúcida
contra os paredões.
Esse tom que me atravessa
o corpo e a alma,
com o rugido do mar
nos costões que se dobram
em sua reverência.
Neste fluxo que não se doma,
que não se submete
ao que é "certo" ou "belo",
ao que é "errado" ou "feio",
mas que grita, ruge,
pulsa do modo que é -
vivo, imperfeito,
puro, intenso... preciso...
mesmo quando a dúvida sussurra...