Maria
Prosa e Poesia
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Textos

Zero Hora

É zero hora no marco do tempo.

E aqui tudo é imbuído de simbolismo.

Aqui há uma metáfora

para cada sentimento latente:

da perda, da finitude, da saudade.

 

O tempo passa

e a consciência da mortalidade

avança vertiginosamente.

Não é o medo,

não é o lamento de desespero

que beira a mente,

mas um pesar manso,

sereno de melancolia,

o olhar contemplativo

para a vida que fenece

um pouco a cada dia.

 

Assim, assim... como o outono

que cobre os campos

do silêncio das sementes,

do silêncio das folhas mortas

e das rosas desfeitas.

 

Sim, sou campo santo de memórias,

sou estação das perdas e saudades,

sou baú de lembranças que ainda vibram,

mesmo o nascer do crepúsculo,

a aurora do anoitecer da vida

que, triste e só,

na hora zero, morre/fenece...

Maria
Enviado por Maria em 12/06/2025
Alterado em 12/06/2025
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