Ainda guardo nas profundezas essa alma indomada,
que fala pelas entranhas e beiradas,
que não se deixa suturar ou aprisionar.
Ainda guardo no peito essa alma
que não cabe em molduras,
que é orgânica, tão viva em mim.
Que jamais permite aniquilar o sentimento,
que não se dobra ao cotidiano-eventos,
nem precisa de confirmação do mundo.
Ainda guardo nas profundezas
essa alma indomada que se reconhece em ti,
que pulsa com teu sangue,
onde o amor é presença - mesmo sem toque,
é desejo - mesmo na distância,
que é sopro de ternura viva, mesmo na espera...