Maria
Prosa e Poesia
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Soneto da Alma Ruída

Agonizam as paredes da alma,

e tombam suas hastes aos ventos vis,

nos lábios trêmulos, sem paz, sem calma,

rolam rios de lutos tão sutis...

 

As sebes se inclinam - dor que desalma -

aos alpendres sombrios, tão febris,

na estalagem da solidão sem palma,

em ruínas de medos infantis...

 

Mas então das ruínas há renascença:

ergue-se um Sol nos olhos, luz imensa,

e os campanários dos sonhos se erguem.

 

Nos lábios nasce um riso, brando e forte,

como se a alma, vinda da sua morte,

desse um suspiro azul aos céus que seguem.

Maria
Enviado por Maria em 26/06/2025
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