Alma minha não sossega,
sob a lua que me cega.
Chama fria em véu de pranto,
labareda sem guarida,
dança escura em chão de espanto,
flor de dor em plena vida.
Mesmo em sombra, o verbo prega:
alma minha não sossega,
sob a lua que me cega.
Se é clarão ou é engano,
se é perfume ou penitência,
sigo o fio sobre o pano,
da paixão - minha sentença.
E a Verdade se renega...
alma minha não sossega,
sob a lua que me cega.