Maria
Prosa e Poesia
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Ode ao Amor dos Sós

Ó amor calado dos que vivem sós,

tu que não gritas, mas te fazes canto

no coração que guarda a tua voz,

em doce sombra e luminoso pranto.

 

Amor que arde em silêncios profundos,

que toca o céu com mãos de puro anseio,

e beija as estrelas, longes, vagabundos,

com olhos cheios de um divino anelo.

 

Tu não precisas gesto, nem palavra,

pois vives onde a alma se derrama,

nas madrugadas frias, onde lavra

o fogo brando de uma antiga chama.

 

És como a brisa, sutil e tão serena,

que acaricia sem jamais prender,

e faz do peito solitário a cena

onde o amor aprende a florescer.

 

Ó doce amor dos que amam calados,

nos astros deixam seus recados!

Maria
Enviado por Maria em 26/06/2025
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