É o que sou -
mar vazante em maré cheia,
calma e cheia de abismos.
Em mim sereias
cantam memórias
e promessas.
O destino é traçado
no tampo da mesa,
nas ondas
deste oceano de palavras
que dançam marés avessas...
Sou onda,
me quebro contra o farol.
Sou o sal do meu verso insano,
assim, assim, terno e arrebol...
Sou bálsamo e faca,
chama acesa
que em lágrimas se rasga...
Me conheço bem...
E sei que é teu canto
que me faz sorrir,
sussurros de amor
de teu modo de amar,
em ti sou florir,
sou compasso
do teu peito
ainda a me descobrir.