Nem sempre eu sei escrutar a própria alma.
Às vezes, às vezes, me perco em conjecturas interiores
que me afastam de uma avaliação mais ousada,
mais profunda de mim mesma.
Esqueço o olhar de luneta e me quedo
a olhar meus pra dentro como estivesse
no parapeito de um sótão da vida.
Esqueço que possuo pântanos profundos
em meus abismos interiores.
E que minhas planícies de dentro
são como tabuleiros emaranhados
de angústias e medos.
Não sei perder-me de mim,
mas quantas vezes me afasto
do que é importante.
Não sei ser minha prioridade.
É que, nem sempre eu sei escrutar a própria alma.
Às vezes, às vezes, me perco em conjecturas interiores
que me afastam de uma avaliação mais ousada,
mais profunda de mim mesma.