Maria
Prosa e Poesia
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Voz Distante

Nos véus da aurora exala antiga flor,

fulgura um astro em névoas de lembrança,

e o peito cala a febre da esperança,

na estrada onde ressoa o velho ardor.

 

A rosa nova em muda cor se faz,

seus lábios tremem, mas não têm carícia,

enquanto a voz do céu, em longínqua missa,

dedilha o canto em notas de um jamais.

 

No tempo, dois amores se entrecruzam:

um - sombra que resplende e não fenece;

o outro - flor que nos dedos se confessa.

 

Oh, mágoa! Os olhos cravam onde acusam

o brilho antigo que do alto desce

e emudece a flor do amor que começa.

Maria
Enviado por Maria em 29/06/2025
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