Percorro silenciosa os vestíbulos da alma.
Nas mãos meu velho lampião,
a bússola que me guia, meu Norte.
Sei que a vida tem momentos de rodapés
ou escadas quebradas,
mas não tenho medo de enfrentar
fardos pesados e/ou dias congelantes.
O que não quero é ver a vida passar
de um camarote à beira da estrada.
Quero brincar nos corrimões,
subir pelo gradeado, me esconder
por entre as treliças só para esperar
o mau tempo passar...
Desejo fazer ópera do vento que repica por elas.
Nos dobres do tempo ser luz e flor...
para o Sol que agora me olha...
Percorro silenciosa os vestíbulos da alma.
Nas mãos meu velho lampião,
a bússola que me guia, meu Norte.