Maria
Prosa e Poesia
Capa Textos E-books Fotos Livro de Visitas
Textos

Nas horas sozinhas

Nas horas sozinhas,

nos tempos de solidão,

sem toque, sem luzes ou cores,

a alma divaga

por entre pensamentos

acerbos

e lágrimas partidas

pela pálida face.

 

Não sei parlear com o silêncio,

nem bordejar

com a saia da avó, não sei.

Não sei achar um jardim

de orquídeas e amapoulas

para os olhos brilhar...

 

Engulo as horas sozinhas

como quem mastiga facas

e me esquivo do silêncio que o Poeta faz...

Sou o Dedo de Agulha

a costurar sóis sem rosto,

pontes de cimento calado e sozinho...

 

Nas horas sozinhas,

nos tempos de solidão,

sem toque, luzes ou cores,

a alma divaga

por entre pensamentos acerbos

e lágrimas partidas pela pálida face.

Maria
Enviado por Maria em 05/07/2025
Comentários