Maria
Prosa e Poesia
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Órbita Solitária

Tua ausência hoje é palpável.

Dói e tem peso de planeta morto,

gravidade invertida

que arrasta a gente pra dentro.

 

Beira o introito -

esse limiar de queda sutil -

de descer por um sumidouro,

( feito de lembranças e silêncios)

e aportar em outros mundos.

 

Talvez em Marte ou Mercúrio -

onde arde mais o fogo

e há a possibilidade do fim.

 

Que fim?

 

O fim de tudo,

do início, do meio,

do tempo carcomido

de promessas e vestígios,

perdido de passados,

insólito de luzes

e soslaios de sonhos.

 

Tua ausência hoje é palpável.

É nome de estrela extinta.

E eu...

(olhos tristes e medrados

de medo de te perder)

uma órbita solitária em torno de ti...

 

 

Maria
Enviado por Maria em 05/07/2025
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